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A SIGLA LGBTQIAP+

Agora chegou a hora de explicar caaaada letrinha dessa sigla que cresce um pouco mais a cada dia, mas antes, precisamos voltar um pouco no tempo para acompanhar como foi que essa sigla surgiu e quando foi que ganhou cada uma dessas letrinhas.

A primeira sigla surgiu no ano de 1990 e era nada parecida com a que usamos hoje. GLS envolvia os gays, as lésbicas e os simpatizantes, e no Brasil era usada para categorizar não só pessoas, mas também produtos, serviços e eventos.

Pooorém, essa sigla engloba dois problemas, o primeiro é que faltam muitas orientações sexuais e identidades de gênero e o segundo problema é a letrinha S. Os simpatizantes são sim extremamente importante para a comunidade, mas engloba muitos heterossexuais, pessoas que não são vítimas de preconceito, que não estão na pele dos reais integrantes da comunidade e acabam tirando o protagonismo dos LGBTs e dando margem para comentários do tipo “eu apoio os GLS por conta dos simpatizantes, o resto eu não gosto”.

Por isso a ABGLT (Associação Brasileira de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) promoveu uma conferência para trocar a sigla de GLS para GLT, tirando os simpatizantes e incluindo os travestis e os transexuais. Depois disso a sigla passou por algumas outras alterações como GLBT (quando os bissexuais foram encaixados).

Em 2008 a sigla GLBT passou a ser LGBT, colocaram as lésbicas antes dos gays porque além de sofrerem com o machismo, estavam um pouco escondidas dentro da comunidade. Iniciar a sigla foi uma maneira de exaltar essa minoria que abrange muita gente, logo, em 2008, a ONU e o planeta reconheceram a sigla que representa toda a comunidade como LGBT.

Maaaas, ainda assim, existia muita gente não representada. A partir do momento que uma determinada orientação ou identidade entra na sigla, essa pessoa passa a ser representada por um movimento e reconhecida como indivíduo que não segue os padrões heteronormativos, e se encaixa em manifestos, na cultura social e principalmente nas leis que protegem os LGBTs. E assim entrou na roda a letra Q (queer), I (intersexo), A (assexual), o P (pansexual) e o + que cuida das minorias MAIS minorias da comunidade, como os agêneros, não binários, drag queens e kings e pessoas que não se sintam representadas por nenhuma das outras oito letras da sigla LGBTQIAP+.

L, G, B

-L diz respeito às lésbicas e o G, a gays, mulheres e homens, respectivamente, que sentem atração afetivo-sexual por pessoas do mesmo gênero que o seu.

-B representa as pessoas bissexuais, que sentem atração afetivo-sexual por homens e mulheres.

Até aqui, a sigla agrega grupos por orientações sexuais.

T

A partir do T, a sigla acolhe identidades de gênero dentro do amplo espectro de diversidade.

Na primeira letra estão incluídos transgênerostransexuais e travestis: pessoas que se identificam com um gênero diferente do que foi designado no nascimento. É o oposto da pessoa cisgênero (termo comumente usado na abreviação “cis”, que diz das mulheres e dos homens que se reconhecem conforme seu gênero de nascimento). Transgêneros, transexuais e travestis têm sido reunidos no termo transvestigênere.

Q

Continuando a desvendar a sigla, o Q é de queer – quem transita entre os gêneros feminino e masculino, e mesmo fora da binaridade masculino-feminino (o chamado não-binário, que rejeita os dois gêneros). A teoria queer afirma que a orientação sexual e a identidade de gênero são resultado de uma construção social, e não de uma funcionalidade biológica.

I

I, que é mais recente, diz respeito ao intersexo – identidade de gênero de pessoas cujo desenvolvimento sexual corporal (seja por hormônios, genitais, cromossomos ou outras características biológicas) é não-binário; ou seja, não se encaixa na forma binária masculino-feminino.

A

A volta a se referir a orientação sexual. Agrega os assexuais, aqueles que não sentem atração afetivo-sexual por outra pessoa, independente de orientação sexual e de identidade de gênero.

+

Por fim, o sinal de mais (+), que há uns anos foi incorporado à sigla, abriga outras possibilidades de orientação sexual e identidade de gênero que existam. É o caso da pessoa que, do ponto de vista da orientação sexual, se define como pansexual, pessoa que sente atração afetivo-sexual independente da identidade de gênero da pessoa – seja mulher ou homem, cis ou trans, ou mesmo de outro gênero, como é o intersexo. É a orientação sexual mais fluida. A propósito, a sigla também já tem aparecido escrita com o P ao fim: LGBTQIAP+.

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