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ENTREVISTA COMPLETA - Wagner Oliveira

  • Foto do escritor: Daiane Guimarães Cruvinel
    Daiane Guimarães Cruvinel
  • 28 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Meu nome é Wagner Ferreira de Oliveira Filho, tenho 22 anos e sou estudante de Jornalismo na PUC Goiás.


Imagem por: Wagner Oliveira

1. Como conservador e por conta da sua inclinação aos valores tradicionais, como você vê perante suas crenças e convicções a luta LGBT?

- O conceito de conservadorismo é a preservação da ordem, justiça e liberdade. Isso vale para todos, incluindo, ao direito dos LGBT’s de se manifestarem. O que inflama a discussão é a imposição de ideias de uma minoria sobre um conceito preservado e construído pela maioria, que não pode ser obrigada ou induzida a ter de aceitar um comportamento que para eles, não condiz com sua cultura. Respeitar é necessário para qualquer sociedade que preze por uma democracia, mas aceitar, principalmente se tratando de pessoas que vieram de uma outra geração, é difícil de acontecer. Há um conflito de valores por pensamentos de gerações diferentes.


2. O movimento e as manifestações em busca de respeito aos LGBT te incomoda? O que você acha que deveria ser mudado?

- O que me incomoda é o fato do movimento ter se vinculado a um lado ideológico da moeda, ou seja, um lado progressista, que é hipócrita e mentiroso. Isso passa a impressão de que o movimento em si, ou as pessoas ligadas a ele (muitos até famosos e boa parte da mídia), fazem pouca questão de defender um homossexual quando ele pensa de uma forma diferente. Um exemplo disso é o maquiador Agustin Fernandez, homossexual assumido, que foi execrado pelo próprio movimento por ter se declarado de direita e apoiado Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Não houve defesa de sua liberdade de se manifestar, pois ele ia contra o pensamento progressista, ou como eu gosto de chamar, da turma da “Beautiful People”. A impressão que se passa é que você pode ser racista, homofóbico, machista e tudo de ruim, desde que esteja do lado certo.


3. Você caracteriza o movimento ou algumas atitudes dos LGBTQIA+ como exageradas? Poderia citar algum exemplo?

- Acho exagerada quando o movimento ataca igrejas cristãs de uma forma geral, sendo que há diversas igrejas que fazem um trabalho para ajudar homossexuais que são expulsos de suas casas ou rejeitados por seus familiares. É o tipo de atitude que faz com que cresça uma ideia de que exista “cristofobia”. Você pode usar ou não o termo. Eu mesmo não uso, mas é inegável que essas ações fazem crescer essa ideia. Há religiões no mundo, como o islã, que assassinam homossexuais em seus países fundamentalistas e ditatoriais. Outra coisa que acho exagerada é a problematização de piadas. É visível que no mundo LGBT, há humor em que o heterossexual é o alvo da piada, o mesmo acontece no mundo das mulheres, onde o homem é o alvo. Qual o motivo da raiva desses movimentos quando eles são os alvos e quem lhes dá o direito de ficar taxando humoristas por contarem piadas do tipo? O politicamente correto mina a sua liberdade e isso é abraçado por pessoas que dizem buscar liberdade. Contraditório, não?


4. Na sua família possuem pessoas homofóbicas? Como você foi criado?

- Eu sou de uma família tradicional, que tem sim um preconceito enraizado, por ter pessoas de outras gerações. Os mais jovens na minha família tendem ser mais cabeça aberta, mas nem tentamos mudar o pensamento de nossos avós ou tios, que alguns deles demonstram ser homofóbicos, porém, é compreensível. Eles são de outra época, viveram em outro mundo.


5. Para você qual é a diferença entre ser homotransfóbico e conservador?

- Se construiu uma ideia de que ser conversador é ser homofóbico ou transfóbico. Essa é uma mentira criada pelo próprio movimento e seus apoiadores. Existem diversos homossexuais que não se sentem representados por esses movimentos por esse tipo de atitude. O que complica é que o presidente da república esqueceu (ou nunca soube) o que é conservadorismo e mancha a imagem de quem entende e segue essa linhagem. O mesmo fazem seus apoiadores lunáticos. Ser homotransfóbico é ofender, agredir um indivíduo com base em sua orientação sexual. Ser conservador é respeitar esse indivíduo e entender que ele tem o direito claro de ser o que ele pretender ser, sem influência dos outros ou do estado, com seu plano ideológico.


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